A vasectomia, opção masculina mais empregada de método contraceptivo, é um procedimento cirúrgico rápido, altamente difundido e de resultados muito seguros.
Porém, muitas vezes, a instabilidade dos relacionamentos, reprogramações familiares fazem com que as pessoas desejem voltar atrás de sua decisão e procurarem a reversão do procedimento.
O que é viável, apesar de não muito divulgado.
Os espermatozoides são produzidos naturalmente nos testículos (túbulos seminíferos), chegando ao epidídimo onde são temporariamente armazenados. De lá, passam pelos ductos deferentes e são liberados pelo pênis no momento da ejaculação.
Na vasectomia, o fluxo é obstruído. O cirurgião corta e amarra os ductos deferentes, mas não há comprometimento da função dos testículos, epidídimos e do pênis. Sendo assim, a espermatogênese (produção de espermatozoides) continua mesmo após o procedimento.
Na reversão da vasectomia, um procedimento cirúrgico restaura o fluxo de espermatozoides, através dos ductos deferentes. Ela é feita pela mesma incisão da vasectomia com auxílio de um microscópio que aumenta em torno de 40x, por um profissional (urologista) habilitado a fazer microcirurgia.
O paciente tem alta no mesmo dia, com necessidade de repouso de poucos dias em casa.
É importante destacar que, quanto menor o intervalo entre a vasectomia e a sua reversão, melhores são seus resultados para a gravidez desejada.
Alguns parâmetros:
- até 3 anos: 97% sucesso;
- 3 a 8 anos: 88% sucesso;
- 9 a 14 anos: 79% sucesso;
- mais de 15 anos: 71% sucesso.
Cerca de 6% dos homens vasectomizados procuram a reversão do procedimento.
Em alguns casos, os em que ocorreram complicações (obstruções secundárias, processos inflamatórios importantes etc.), o procedimento de reversão se torna mais complicado.
Nestes, recomenda-se a utilização de técnicas específicas de punção de espermatozoides em tratamentos de reprodução humana assistida.